20. Sergio Moro

Sergio Moro foi um dos primeiros e mais impactantes nomes a romper com Jair Bolsonaro. Ex-juiz da Operação Lava Jato, ele aceitou o convite para assumir o Ministério da Justiça em 2019, sendo visto como um dos pilares de credibilidade do novo governo.

Moro tinha forte apoio do eleitorado bolsonarista e simbolizava o combate à corrupção. No entanto, em abril de 2020, ele deixou o cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. A saída causou grande repercussão nacional e marcou o primeiro grande desgaste público do governo, consolidando um rompimento político definitivo entre ambos.

Alexandre Frota

Alexandre Frota foi eleito deputado federal em 2018 impulsionado pela onda bolsonarista e demonstrava apoio constante a Jair Bolsonaro no início do mandato. Com o passar dos meses, Frota passou a criticar atitudes do presidente e de seus filhos, alegando discordâncias políticas e pessoais.

Em 2019, o deputado foi expulso do PSL, partido que abrigava Bolsonaro naquele momento. Após a ruptura, Frota se tornou um crítico frequente do ex-presidente, sendo um dos primeiros parlamentares eleitos pelo bolsonarismo a abandonar publicamente o grupo político.

Joice Hasselmann

Joice Hasselmann foi uma das principais vozes de apoio a Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 e no início do governo. Eleita deputada federal com votação expressiva, ela chegou a ocupar cargos de liderança dentro do Congresso alinhados ao Planalto.

A relação começou a se desgastar ainda em 2019, após disputas internas no PSL e divergências com a ala mais ideológica do bolsonarismo. Com o tempo, Joice passou a criticar Bolsonaro e seus filhos, rompendo definitivamente com o grupo político que ajudou a elegê-la.

Janaína Paschoal

Janaína Paschoal foi uma das principais apoiadoras de Jair Bolsonaro durante a eleição de 2018. Jurista e uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, ela se tornou símbolo do discurso conservador que impulsionou Bolsonaro ao Planalto.

Eleita deputada estadual em São Paulo, Janaína manteve apoio inicial ao governo, mas passou a demonstrar desconforto com atitudes do presidente e de seus aliados. Ao longo de 2019 e 2020, ela começou a fazer críticas públicas, especialmente sobre postura institucional e radicalização política. Com o tempo, deixou claro seu distanciamento do bolsonarismo, tornando-se uma voz independente.

João Doria

João Doria foi eleito governador de São Paulo em 2018 após adotar o slogan “BolsoDoria”, associando diretamente sua imagem à de Jair Bolsonaro. No início do governo, ambos mantiveram relação próxima e ações conjuntas.

A ruptura começou em 2020, durante a pandemia, quando Doria defendeu medidas sanitárias mais rígidas e a vacinação, entrando em conflito direto com Bolsonaro. As divergências se intensificaram e se tornaram públicas, transformando antigos aliados em adversários políticos. Desde então, Doria passou a criticar abertamente o ex-presidente, consolidando um rompimento definitivo.

Luciano Huck

Luciano Huck demonstrou simpatia por pautas defendidas por Jair Bolsonaro durante a eleição de 2018, sendo visto por parte do eleitorado como alguém próximo ao campo conservador naquele momento. Embora nunca tenha ocupado cargo no governo, Huck manteve uma postura inicialmente neutra e aberta ao diálogo.

Com o avanço do mandato de Bolsonaro, especialmente após crises políticas e institucionais, o apresentador passou a adotar um discurso mais crítico. Em manifestações públicas e entrevistas, Huck se distanciou do bolsonarismo, tornando-se um dos nomes que simbolizam o afastamento gradual de figuras públicas inicialmente simpáticas ao ex-presidente.

Nelson Teich

Nelson Teich assumiu o Ministério da Saúde em 2020 após a saída de Luiz Henrique Mandetta, sendo visto como uma tentativa de conciliação entre Bolsonaro e a área técnica. Inicialmente alinhado ao governo, Teich enfrentou dificuldades para implementar políticas de saúde durante a pandemia.

As divergências com o presidente, especialmente sobre uso de medicamentos e estratégias sanitárias, se tornaram insustentáveis. Após menos de um mês no cargo, Teich pediu demissão. Sua saída reforçou a imagem de ruptura entre Bolsonaro e especialistas da área da saúde.

Carlos Alberto Decotelli

Carlos Alberto Decotelli foi anunciado por Jair Bolsonaro como ministro da Educação em 2020, sendo tratado inicialmente como um nome de confiança do governo. Pouco tempo depois, surgiram questionamentos sobre inconsistências em seu currículo acadêmico.

A situação gerou desgaste político e levou Decotelli a deixar o cargo antes mesmo de tomar posse oficialmente. Após o episódio, ele se afastou do núcleo bolsonarista e passou a manter postura distante do ex-presidente. O caso evidenciou mais um rompimento rápido dentro da estrutura do governo Bolsonaro.

Rodrigo Maia

Rodrigo Maia, então presidente da Câmara dos Deputados, manteve uma relação inicialmente institucional e colaborativa com Jair Bolsonaro no início do governo. Apesar de não ser um aliado ideológico, Maia foi peça-chave na aprovação de pautas econômicas importantes, como a reforma da Previdência.

Com o tempo, porém, a relação se deteriorou devido a ataques verbais do presidente, conflitos com o Congresso e divergências sobre condução política. A partir de 2020, Maia passou a criticar abertamente Bolsonaro, acusando-o de enfraquecer a democracia e romper o diálogo institucional, consolidando um afastamento definitivo.

Tereza Cristina

Tereza Cristina assumiu o Ministério da Agricultura como um dos nomes mais técnicos e discretos do governo Bolsonaro. Durante boa parte do mandato, manteve postura alinhada ao Planalto, especialmente em pautas do agronegócio.

No entanto, com o avanço de crises políticas e institucionais, a então ministra passou a adotar uma posição mais moderada e distante do discurso ideológico do presidente. Após deixar o ministério, Tereza Cristina evitou associações diretas com Bolsonaro, buscando construir uma imagem própria no Senado e marcando um afastamento gradual do bolsonarismo.

Abraham Weintraub

Abraham Weintraub foi um dos ministros mais alinhados ideologicamente a Jair Bolsonaro durante sua passagem pelo Ministério da Educação. Inicialmente visto como aliado fiel, Weintraub protagonizou diversos embates com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

Com o tempo, seu comportamento gerou desgaste dentro do próprio governo. Em 2020, ele deixou o cargo e foi indicado para um posto internacional, afastando-se do núcleo político bolsonarista. Posteriormente, Weintraub passou a demonstrar insatisfação com antigos aliados, sinalizando um rompimento político e pessoal com o ex-presidente.

Luiz Fux

Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, manteve em determinados momentos uma relação institucional próxima ao governo Bolsonaro, especialmente no início de sua presidência no STF. Houve tentativas de diálogo e sinais de aproximação institucional.

No entanto, diante de ataques frequentes às instituições e questionamentos ao Judiciário, Fux passou a adotar uma postura mais firme e crítica. Durante seu mandato como presidente do STF, defendeu publicamente a democracia e a separação dos Poderes, afastando-se de qualquer alinhamento com Bolsonaro e consolidando um distanciamento institucional claro.

Kim Kataguiri

Kim Kataguiri foi eleito deputado federal em 2018 e, naquele momento, esteve próximo do bolsonarismo, compartilhando críticas a governos anteriores e pautas conservadoras.

Com o passar do tempo, Kataguiri passou a se distanciar de Bolsonaro, criticando a condução política, econômica e institucional do governo. As divergências se intensificaram a partir de 2019, quando o deputado começou a votar de forma independente e a se posicionar contra decisões do Planalto. Hoje, Kataguiri é frequentemente citado como um exemplo de rompimento dentro do campo que inicialmente apoiou Bolsonaro.

Gustavo Bebianno

Gustavo Bebianno foi um dos principais articuladores da campanha de Jair Bolsonaro em 2018 e chegou a ocupar o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência no início do governo. Considerado homem de confiança do então presidente, Bebianno teve papel estratégico na transição e nos primeiros meses de gestão. O rompimento ocorreu ainda em 2019, após conflitos internos envolvendo os filhos de Bolsonaro.

A saída foi marcada por acusações públicas e desgaste político. Após deixar o governo, Bebianno passou a criticar duramente o ex-presidente, tornando-se um dos primeiros aliados próximos a romper de forma definitiva.

Carla Zambelli

Carla Zambelli foi uma das deputadas mais identificadas com o bolsonarismo desde antes da eleição de 2018. Durante boa parte do mandato, atuou como defensora fiel de Jair Bolsonaro no Congresso. Com o tempo, no entanto, surgiram divergências internas e disputas políticas dentro do próprio campo bolsonarista.

Embora nunca tenha rompido completamente, Zambelli passou a demonstrar distanciamento em alguns momentos estratégicos, adotando postura mais cautelosa após episódios de desgaste público. Esse afastamento parcial a colocou entre os nomes que reduziram o alinhamento direto com Bolsonaro ao longo do tempo.

Sérgio Camargo

Sérgio Camargo assumiu a presidência da Fundação Palmares com forte apoio de Jair Bolsonaro, sendo um dos nomes mais ideologicamente alinhados ao governo. Durante sua gestão, acumulou polêmicas e conflitos institucionais.

Com o passar do tempo, Camargo perdeu espaço dentro do próprio governo e enfrentou resistências políticas. Após deixar o cargo, passou a adotar um discurso mais independente, criticando antigos aliados e se afastando do núcleo político bolsonarista. O caso exemplifica como até nomes fortemente alinhados acabaram isolados ao longo do mandato.

Pablo Marçal

Pablo Marçal demonstrou apoio público a Jair Bolsonaro em momentos estratégicos, especialmente durante o período eleitoral, associando sua imagem a pautas conservadoras e ao discurso de renovação política. Com o passar do tempo, Marçal passou a adotar uma postura mais independente, evitando vinculação direta ao bolsonarismo.

Em declarações posteriores, buscou se posicionar como figura autônoma, distanciando-se do ex-presidente e do núcleo político que o cercava. Esse afastamento gradual reflete a mudança de estratégia de personalidades públicas que inicialmente caminharam ao lado de Bolsonaro.

Felipe Neto

Felipe Neto declarou voto em Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, afirmando que sua decisão se dava por rejeição ao adversário naquele momento. Pouco tempo depois, passou a se arrepender publicamente do apoio e a criticar duramente o governo.

Ao longo do mandato, Felipe Neto se tornou um dos críticos mais ativos de Bolsonaro nas redes sociais, abordando temas políticos, institucionais e sociais. Seu rompimento foi público, assumido e amplamente divulgado, tornando-se um dos exemplos mais conhecidos de mudança de posicionamento entre figuras públicas.

Luciano Hang

Luciano Hang, empresário e fundador da Havan, foi um dos apoiadores mais visíveis de Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 e ao longo do governo. Com o tempo, passou a reduzir aparições públicas ao lado do ex-presidente, adotando uma postura mais discreta em relação à política partidária.

Embora nunca tenha feito um rompimento explícito, Hang diminuiu o engajamento político direto, priorizando questões empresariais. Esse afastamento gradual é apontado por analistas como uma mudança estratégica diante do cenário político e econômico.

Datena

José Luiz Datena demonstrou simpatia por Jair Bolsonaro em diferentes momentos, especialmente durante entrevistas e declarações públicas antes e no início do governo. Ao longo do mandato, Datena passou a adotar um tom mais crítico, questionando atitudes do presidente e sua condução política.

Em manifestações posteriores, deixou claro seu distanciamento do bolsonarismo, assumindo posições mais independentes. O caso de Datena exemplifica como comunicadores que inicialmente apoiaram Bolsonaro optaram por se afastar com o avanço do governo.

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